México, DF, 6 dezembro 2006: O sítio mexico.indymedia.org recebeu um reconhecimento por seu trabalho de difusão eletrônica de informação colaborativa, durante a cerimônia número 36 do ?Prêmio Nacional de Jornalismo?, que desde 1952 é concovado pelo Clube de Jornalistas do México e a Fundação Antonio Sáenz de Miera y Fieytal, e que nesta ocasião contou com o apoio adicional do Instituto Politécnico Nacional. Estes prêmios e menções honoríficas consistem ?exclusivamente em diplomas e medalhas que expressam o ditame do Honorável Jurado Qualificador em reconhecimento a qualidade dos trabalhos?, segundo indicam os mesmos organizadores. Cabe esclarecer que o coletivo Indymedia México não solicitou participar neste concurso e os colaboradores do setor Oaxaca (indyOax) foram informados sobre a possibilidade de receber esse reconhecimento.

Assim mesmo o companheiro do Indymedia Nova Iorque Bradley Roland Will recebeu um reconhecimento póstumo da parte dos jornalistas mexicanos que alertaram sobre o clima de violência e impunidade que prevalece em Oaxaca donde uma ocupação militar pretende manter no poder o governador Ulises Ruiz, ao qual enfrenta uma ampla rebelião popular há mais de 6 meses.

Cabe recordar que Brad Will foi assassinado a tiros no dia 27 de outubro enquanto documentava com sua câmera de video as ações da Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca, APPO. Um mês depois e em uma clara mensagem de impunidade, o governo de Ulises Ruiz e sua ?procuração de Justiça? liberou por ?desvanecimento de dados? Abel
Santiago Zárate y Orlando Manuel Aguilar Coello, regidor de Segurança Pública de Santa Lucía del Camino, e suboficial da Polícia Municipal respectivamente, os quais se encontravam detidos acusados desse assassinato. Ambos funcionários públicos foram documentados audiovisualmente por Brad Will e por outros comunicadores enquanto disparavam contra simpatizantes da APPO.

Colaboradores dos coletivos Indymedia Oaxaca e México receberam o reconhecimento do Clube de Jornalistas do México e denunciaram o clima de violência e terrorismo de Estado contra a população oaxaquenha em geral e contra os jornalistas independentes de Oaxaca, ao mesmo tempo que alertaram sobre a complicidade entre os meios corporativos e o Estado Mexicano para reprimir violentamente o movimento popular de OAxaca.